UM MILAGRE CHAMADO GUSTAVO - Testemunho da sua vinda à esse mundo

    


    Hoje é dia de festa!!! Dia de muita alegria aqui em casa, hoje faz 10 anos que eu recebi um presente muito especial do Papai do céu, pois hoje é aniversário do Gugu 💓

    Eu queria aproveitar o post de hoje para testemunhar da milagrosa vinda dele a esse mundo, e tornar conhecido por quem quiser saber como foi para mim ser mãe desse pequeno, precioso e tão falante menino que hoje completa seus 10 anos. 

      Então vamos aos fatos!

    O ano era 2008, eu tinha 2 filhos pequenos de 2 e 4 anos, e embora eu já fosse mãe, eu ainda não tinha passada pela experiencia de gestar, de dar a luz e essas coisas todas que muitas mulheres assim como eu quis, querem viver ao menos uma vez na vida. 

    E o meu caso era bem esse, eu não queria tanto um filho, pois eu já tinha dois. Eu queria mesmo era uma gravidez bem sucedida, pois eu já tinha passado por 2 dolorosos abortos por conta de uma condição física que eu explicarei em outro post.

    Eu tinha dois pequenos, e pensei " quero ter mais um agora e criar todos juntos" , pois eu pensava que difícil e cansativo já era mesmo, então, um a mais ou um a menos não faria tanta diferença no grau de dificuldade, e quando eu reconquistasse minha "independência" seria de uma vez só! 

    Eu tinha esse tipo de pensamento, porque minha mãe teve 4 filhos também, e todos muito espaçados de tempo. Na minha visão ela passou mais de 20 anos da vida preocupada com fraldas, mamadeiras e coisas de criança já que quando meu ultimo irmão nasceu eu tinha 23 anos. Definitivamente, eu estava decidida a não fazer daquela forma. 

    Bom, conversamos eu e o marido, e concordamos em tentar uma gravidez pela terceira vez. Dessa vez a gente faria tudo certo e planejado, para que as chances de sucesso fossem maiores. Então fizemos um plano de saúde pela empresa que ele trabalhava, marquei uma consulta e lá fomos nós. 

    Uma doutora meio "sisuda"  não muito amável não, mas tá bom né, era melhor que depender do SUS (foi o que eu pensei, mas leia até o final) . Relatei os  abortos, o desejo de engravidar e ela pediu muitos exames. Passou ácido fólico, umas vitaminas e uma série de recomendações. 

    Após exames feitos, fui diagnosticada pela doutora com  SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos). Falarei mais sobre isso num post especifico. A questão é que eu deveria tratar, senão, não iria engravidar. Eu já tinha recebido um diagnostico de ovários micro policísticos na adolescência, mas pelo visto o negocio tinha piorado e evoluído para SOP, E na adolescência ninguém tinha dito que eu não conseguiria engravidar no futuro.  

    A médica passou vários remédios, hormônios, vitaminas, indutores de ovulação. Os entendidos do assunto que me perdoem se eu estiver falando bobagem, mas de fato eu não sabia bem o que eram aqueles negócios todos, só sei que eu precisava ingerir e aplicar e eu segui fazendo, pois eu queria mesmo engravidar. 

    Passaram-se mais de um ano, mês após mês, todos os meses era uma decepção quando ela, aquela "monstra" aparecia. Eu chorava, me deprimia um pouco mas logo me animava e pensava: "mês que vem dará certo"!

    Até que... finalmente,  no ciclo de outubro de 2009, a monstra não apareceu como normalmente aparecida na data correta. Pensa numa alegria? Numa felicidade? Numa empolgação? Pensou? 

    Eu contei ao marido e pedi para ele correr na farmácia e buscar o teste para confirmarmos nossas suspeitas. Ele foi, trouxe, fiz o teste e... batata! Duas linhas rosas apareceram, mas a segunda que indicava o resultado positivo estava muito fraquinha. Apesar da insegurança, a gente podia ver, e pela fé a gente creu que era positivo. 

    Marquei uma consulta com a doutora para o mais rápido que ela pode e corri lá, toda feliz animada e esperando que ela vibrasse comigo disse " estou grávida" , mas ela que com aquela "simpatia" toda de sempre disse: - Isso aí (o teste de farmácia) não quer dizer nada, vamos fazer um exame de verdade. (baita balde de água fria né?) Mas nem isso tirava meu ânimo e alegria. 

    Tá, daí você pode pensar que enfim eu fiquei grávida, o Gustavo está aí já com 10 anos e nós fomos felizes para sempre não é? É ... eu sei que você pode pensar, mas na verdade, não foi exatamente assim que aconteceu, acompanhe cenas do próximo capítulo.

    Eu fiz o exame que a médica pediu e sim, eu estava grávida mesmo, e regozijante depois de quase 2 anos tentando eu finalmente tinha conseguido, tinha plano de saúde com a carência cumprida, tinha uma médica que eu escolhi, que apesar de ser pouco "carinhosa" eu já a conhecia e não tinha mais medo de ser atendida por um plantonista que eu nunca tivesse visto antes.

    Enfim, tudo parecia perfeito, até que... passado poucos dias eu comecei a sentir dores, umas cólicas fortes que infelizmente eu já conhecia.. era novamente a ameaça do aborto me rondando. Ai que desespero, lembro-me como se fosse hoje do medo que sentia a ponto de não querer me mover do lugar para nada. 

    Se não bastasse, bem logo começou também um sangramento... Ahhh .. só quem já passou entende o significado de: "Não! Pelo amor de Deus, de novo não!". Corremos para a maternidade Dona Helena na cidade de Joinville. 

    Fui bem atendida pela equipe obstétrica que me consolava, porque eu só chorava implorando a Deus que não me permitisse passar por aquilo novamente. Fizeram um ultrassom para ver o bebê e adivinhem? Não encontraram nada! NADA!!! 

    O pânico foi grande,  pois embora o médico do ultrassom tivesse tentando me confortar dizendo que podia ser porque a gestação estava muito no comecinho que eles não conseguiram ver o embrião, ele também me disse que podia ser que eu tivesse perdido o embrião no sangramento.

    A minha médica disse que precisaríamos fazer o controle pelo exame Beta HCG e que se eu ainda estivesse grávida a dosagem do hormônio no meu sangue iria aumentar e caso eu tivesse perdido iria regredir, então, para mim ainda havia uma esperança.

    Quando saiu o resultado do Beta HCG que fiz, o hormônio tinha sim diminuído a dosagem no meu sangue, ele estava inclusive na faixa do "inconclusivo" que é abaixo do considerado "positivo". Eu abri e vi, mas não quis acreditar e fui ao consultório da doutora para que ela me dissesse que ainda havia esperança.

    É, era isso que eu queria, mas infelizmente, não foi isso que eu ouvi. A médica olhou para mim, e pela primeira vez, achei que ela foi sensível comigo e ela disse : - Infelizmente você não está mais grávida, perdeu o bebê. 

    Daí até ela até tentou me animar dizendo que eu era muito jovem e que daria certo, mas a partir dali eu não ouvia mais nada. Meio que em choque, meio descrente, sei lá com uma mistura de sentimentos eu não queria saber de mais nada que fosse relacionado a gravidez. 

    Outra coisa importante nesse momento, é que a medica disse que eu não precisaria fazer curetagem já que o ultrassom no hospital que eu havia feito mostrou meu útero totalmente limpo, não havia nem saco, nem placenta e nem resto nenhum de gravidez. Meu corpo já deveria ter expulsado tudo. Pensei, com certo alívio que pelo menos por isso eu não iria passar de novo.

    Fui para casa, pensando na vida.. meditando e lembro-me que agradeci a Deus pelo Calebe e a Beatriz na minha vida como se eu reconhecesse o propósito em Deus ter me dado eles. Naquele momento eu pensava, "entendi tudo! Deus me deu o Calebe e a Bia porque eu nunca poderia gerar" . Sabe, eu aceitei aquilo. Eu cri naquilo enquanto ia para casa. 

    Chegando em casa conversei com o marido e disse que tinha jogado a toalha, e que eu não queria mais tentar. Eu não tinha disposição para correr o risco de passar por aquilo tudo de novo e que eu seria feliz e contente com a família que eu já tinha, ela não precisava ser maior. 

    A primeira coisa que fiz quando cheguei em casa foi pegar o Calebe no colo, pois por causa o histórico de abortos e do sangramento a médica tinha me pedido repouso absoluto e não levantar nenhum peso, então fazia alguns dias que eu não erguia ele nos braços. Lembro-me como ter um filho nos meus braços naquele momento me consolou daquele sofrimento terrível. 

    Depois, eu lembro que fiz faxina, já que com 2 crianças pequenas, um marido com o pé quebrado depois de um acidente de moto (eu não detalhei esse acidente porque a história já é bem longa) e eu de repouso absoluto a casa ficou num estado que ou eu começava a limpar imediatamente ou saia correndo.

    Eu ergui umas caixas pesadas com livros que tinha num canto para limpar o chão , arrastei os poucos móveis que tinha, me mexi, muito, pra lá e pra cá, pois não havia mais motivo para fazer repouso, eu precisava mesmo era me movimentar e esquecer das coisas que tinham me feito sofrer. 

    Após a casa estar limpinha eu fui para meu quarto descansar, liguei a tv de tarde e estava passando um programa daqueles de crente, (eu falo de crente como se eu não fosse crente né? mas é só pra descontrair). Então parei naquele programa, as pessoas estavam dando testemunhos de cura e milagres que Deus tinha feito em um evento de uma igreja e estava passando na televisão. 

    Eu tava mesmo precisando ouvir coisas boas acontecendo na vida das pessoas e acabei parando para assistir. Em um momento, um casal sobe naquele palco com dois papéis de ultrassom na mão, inevitável aquilo não atrair minha atenção. Aquele casal estava dando testemunho mostrando um ultrassom que dizia "sem batimento cardíaco e sem movimentos fetais" , e outro feito posteriormente que dizia " batimentos cardíacos e movimentos fetais presentes" .. 

    O pastor naquele evento disse : Deus é um Deus que ressuscita mortos!!! Eu sempre tive muita fé, jamais duvidei do poder de Deus e naquele momento, eu, que estava até fria desde o consultório da médica, e que tinha decidido não derramar nenhuma lágrima mais aceitando que eu nunca poderia gerar fui tomada por tamanha fé que me fez cair no chão do meu quarto de joelhos com as mãos levantadas para o alto chorando eu clamava a Deus dizendo: - Pai, eu sei que o Senhor pode fazer isso, e se o Senhor fez isso para esse casal, faz isso na minha vida também e trás meu filho de volta para meu vente!"

    Depois de um tempo de clamor e muito choro eu me levantei, me recompus e fiquei meio cética com relação ao que eu tinha acabado de fazer. Minha mente estava confusa e eu fiquei me questionando sobre afinal, eu aceitei ou não o que aconteceu. Eu disse que aceitava e agora pouco estava implorando para Deus reverter isso. 

    É importante contar aqui, que nessa época meu marido que trabalhava a quase 2 anos numa empresa tinha recebido uma proposta de trabalho para ganhar consideravelmente mais do que ganhava, e nós ficamos muito tentados a ele aceitar pois com o novo salário poderíamos nos mudar para uma casa maior já que teríamos 3 filhos e onde morávamos era bem pequeno. 

    Porém, se ele saísse da empresa, perderia o plano de saúde contratado por ela, e mesmo que a gente contratasse o plano fora da empresa ele teria carência e não cobriria meu parto coberto já que eu já estava grávida. Sem contar que 2 anos é uma estabilidade e tínhamos medo do novo e inseguro, pois um bebê estava a caminho.

    Mas, depois que perdi o bebê, e não queria tentar mais, a carência do plano de saúde deixou de ser um motivo de preocupação, e a estabilidade também, pois com tudo aquilo percebemos que éramos fortes e poderíamos superar qualquer dificuldade que viesse. Conversamos e decidimos arriscar a mudança para aproveitar uma oportunidade de progredir. 

    Meu marido ligou para a empresa saber se a proposta ainda estava de pé, ao receber um positivo foi até seu chefe na época e pediu o desligamento. Pagando aviso prévio indenizado, sem olhar para trás estávamos buscando uma vida nova. 

    No dia exato em que ele levou a carteira de trabalho para dar baixa no sindicato da empresa anterior, eu senti umas coisas, lembrei daquele momento de clamor ajoelhada no quarto,  e liguei para meu marido pedindo para ele comprar um teste de farmácia porque eu tava me sentindo muito grávida. 

    Lembro que falei isso rindo e leve, não existia pressão nenhuma. Ele do outro lado me contou que havia acabado de pegar a carteira  de trabalho com a baixa, também riu e questionou: -"agora vem você me diz isso?" Mas ele entrou na vibe e comprou o teste como eu havia pedido, 

    Quando ele chegou, eu fiz mais aquele teste, devia ser o quinquagésimo quarto teste que eu fazia, mas, ao contrário dos outros, para aquele eu não tava nem aí para o resultado. Eu já tinha o não, mas queria desencanar de vez.

    Quando eu olho para aquele teste de novo com 2 linhas rosas, mas dessa vez a linha que era fraquinha no exame anterior estava forte, espessa e quase gritava!!! 

    Não tive dúvidas, e exclamei "Milagre!" , "Deus fez um milagre!" .. Já tinha contando ao meu marido sobre o testemunho do casal na tv e do clamor desesperado que havia feito. Naquele momento eu o lembrei disso, e disse afirmando categoricamente: - "É milagre!"

    Nesse momento, meu marido não tinha mais plano de saúde da empresa, mas conseguimos um pedido médico e fomos a uma clinica particular para fazer um ultrassom, é dessa vez não fui nem fazer o Beta HCG.

    Era dezembro de 2009 e eu estava lá, deitada naquela maca, com meu marido do lado, e com uma certa ansiedade. Quando a médica iniciou o exame, vimos o saco gestacional e um embrião de 7 semanas, e um coraçãozinho batendo a 148 batimentos por minuto. Foi uma emoção só. E a pessoa que não queria mais "passar por aquilo",  "tentar de novo" e nada dessas coisas, agora queria aquele bebê mais que tudo. 

    Nós ainda não sabíamos que ele seria um menino, mas ouvimos o coração do nosso Gustavo. Um coração que bate forte até hoje, quando o abraçamos podemos sentir. Nunca, jamais irei esquecer daquele momento em que para mim, pude experimentar do poder e do milagre de Deus. 

    Mas e agora? e o plano de saúde? Não. Não tivemos, e também não tínhamos dinheiro suficiente para pagar todo o pré natal e parto particular, então eu fiz todo o pré natal no postinho de saúde do Bucarein em Joinville.

    O Pré-Natal foi com uma obstetra maravilhosa, humana, carinhosa, amiga e dedicada, a Dra. Patricia Pereira Pinto. Eu nunca vou esquecer dela. Ela foi mais uma demonstração da fidelidade de Deus para mim. Porque Deus me mostrou que ele podia me dar algo muito melhor do que eu queria "pagar". 

    No dia 23 de junho de 2010, as 9h35 da manhã, na Maternidade Darcy Vargas de Joinville veio ao mundo alguém muito especial para toda nossa família e muitos dos nossos amigos. Nasce o menino cantor, perguntador, e que diz que quer ter duas profissões. Quer ser engenheiro civil para construir casas de dia e entregador de pizzas a noite para poder comer muitas pizzas.. sério, esse menino é uma figura.

    Eu paguei plano de saúde por + de 2 anos para engravidar com tranquilidade e acabei fazendo o pré natal, parto e todas as consultas de puericultura do meu filho pelo SUS.  Eu não me canso de acreditar que Deus tem um senso de humor incrível, e quão perfeito Ele é, a gente é que complica! 

    Quando tudo isso aconteceu, eu não fiquei pensando que Deus só quis me fazer sofrer não. Mas eu pensei várias coisas sim como por exemplo o fato de que Ele queria nos dar uma vida melhor um emprego melhor e um salário e uma casa maiores e nós estávamos recusando por querer fazer do nosso jeito. 

    Quando Ele colocou sua mão poderosa no meu ventre e escondeu o Gustavo naquele exame de ultrassom primeiro Ele tinha um propósito maior, da mesma forma quando fez os hormônios reduzirem no meu sangue, eu creio que tinha, mas quem somos nós? Limitadas criaturas tentando entender a mente do Criador?

    Quando o Gustavo nasceu, eu testemunhei do milagre que havíamos recebido na nossa igreja, mas não com tantos detalhes como aqui até por conta do tempo e da vergonha de falar em público. Mas agora, aqui no blog eu tenho essa oportunidade de compartilhar as nossas histórias, e você que leu até aqui, eu quero te dizer que se tem algo que eu aprendi nessa história é que mesmo quando você desiste dos seus sonhos, Deus é fiel para cumprir Seus propósitos em nossa vida. 

    Eu fico feliz se apenas 1 pessoa que precise acreditar no milagre de Deus leia isso e seja edificada, pois há 10 anos já, que nessa data de hoje 23/06 eu medito, reflito e agradeço pois Deus fez o milagre na minha vida (foram muitos na verdade mas hoje vou contar esse). E Ele é o mesmo ontem hoje e sempre e se você precisar de um milagre Ele irá fazer também, basta crer!


    Conheça um pouquinho mais do Gustavo :





    

    
   

    







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