16° ANIVERSÁRIO DA MINHA FILHA MAIS VELHA, 13° ANIVERSÁRIO JUNTAS 💕 - Como tudo começou


    

Olá pessoas lindas que leem as nossas histórias!!!

    Hoje, o post é especial pois é novamente um dia de FESTA em nossa casa. Nessa data tão querida, eu preciso compartilhar da alegria que sinto em comemorarmos mais um ano de vida da minha filha Beatriz.  E quero fazer isso contando sobre como começou nossa história de amor. Então senta que lá vem a história!

    Minha filha Bia, como gosta de ser chamada completa hoje seu 16° aniversário. Além da felicidade de estar ao seu lado nesse dia especial, hoje eu sinto o desejo de dividir um pouco da nossa história que também é muito especial. 

    A Bia nasceu em 4 de julho de 2004, medindo 47cm, pesando 2,700kg. Mas, eu sei desses dados por constarem da carteirinha de vacinação. Sim, eu não estava lá quando ela nasceu embora adoraria. 💝

    Eu conheci a Bia só em 2005, quando ela já tinha mais de um ano. Ela era uma criança linda, cabelinhos lisos e escuros, pele moreninha e sorriso fácil. Ela falava umas coisinhas, era engraçadinha falando, mas confesso que eu não a entendia muito bem. Nós começamos a nos relacionar assim como começa uma amizade. 

    Na época a mãe da Bia que não era eu estava grávida, e tão logo  o segundo bebê dela nasceu. Acredito que isso tenha possibilitado uma maior aproximação nossa, pois foram várias vezes em que ela ficou aos meus cuidados.

    Eu ainda não era mãe, mas aos 19 anos eu sabia sim cuidar (o básico) de uma criança pequena, pois cuidei dos meus irmãos, trabalhei como babá quando adolescente e então não era assim um grande desafio e nem nada muito complexo. Além do que, a Bia sempre foi muito boazinha e uma companhia muito agradável.   

    Eu amava sair com ela, ficávamos olhando as vitrines das lojas, e não demorou muito e ela aprendeu a dizer " olha que barato!"..hahaha. Porque ela ouvia eu e a vó (minha sogra) falando isso a cada promoção. 

    Nesse tempo ela me chamava de "Dani" ou "Dãli" confesso que eu nunca entendi direito mas era algo assim. Eu era a "boadrasta" como eu e a mãe dela na época costumávamos brincar, porque afinal, apesar dos meus muitos defeitos, boazinha para ela eu era, mas não era a toa, era porque realmente ela era uma criança doce e encantadora, e amá-la nunca foi difícil. 

    Assim seguimos por um bom tempo, a Bia, a mãe e o irmão mais novo moravam na casa dos meus sogros, e eu sempre estava por lá, e convivia bastante com as crianças, fui me apegando... Mais que uma "boadrasta" eu me sentia uma tia muito legal. 😎

    Passado pouco tempo, a mãe da Bia que a trouxe a esse mundo (e eu devo muito a ela por isso) resolveu que iria se mudar e tocar sua vida, e que com duas crianças pequenas ficaria muito difícil para ela conseguir trabalhar. Nisso ela propôs ao pai das crianças que por sinal era meu marido que dividissem a guarda das crianças. 

    Gente! Sem medo dos julgamentos eu preciso confessar que nessa hora eu me apavorei, tive medo daquilo que eu não conhecia ainda que era ter em minha responsabilidade integral uma criança. Eu tive uma certa resistência, eu não queria deixar de ser a tia legal que dava um docinho para ter que educar e restringir os alimentos gostosos . Eu e a Bia apesar de seus poucos 3 anos de idade tínhamos um  relacionamento tão bom, eu não queria estragar tudo.

     Eu nunca me neguei a cuidar, a ajudar, a ser a tia, a babá, a madrasta ou qualquer outra pessoa que pudesse ajudar nos cuidados com a Bia, pois eu até gostava muito de fazer isso. Mas tive sim uma certa resistência em assumir a criação dela. Eu não tinha passado ainda pela experiência da maternidade, mas essa ideia me preocupava um pouco, eu não me sentia preparada.

    Bem, foi isso mesmo que acabou acontecendo. A mãe biológica dela foi atrás dos seus objetivos e esperou que o pai das crianças cumprisse com suas responsabilidades, e já que o pai das crianças era meu marido eu entrei junto nessa, mesmo um pouco contrariada no início. 

    Acho importante dizer que estive contrariada, mas nunca foi pelas crianças, pois eu já tinha relacionamento e um forte vínculo com elas, e sempre as considerei inocentes de qualquer que fossem os erros de nós os adultos. Mas sim, aquela responsabilidade toda que estaria também em minhas mãos me assustava, eu achava que não daria conta.

    A Bia era muito novinha, tinha apenas 3 anos de idade e por mais que ela gostasse de mim e eu dela e a gente se desse bem, é meio óbvio que ela sentiria saudade da mãe. Cada dia eu dizia uma coisa, mas confesso que chegou um momento que ela não acreditava mais no " a mamãe logo volta" e a criança tão feliz, risonha e cheia de vida foi ficando apática, quieta, parou de brincar e sempre estava amuada em algum canto. 

    Aquilo começou a judiar de nós, mas principalmente dela, e eu já não sabia mais o que fazer para agradar. Os passeios pelas lojas do centro de Joinville já não ajudavam, assistir um desenho juntas e nem mesmo um bombom de morango dos que eu fazia para vender e ela adorava pegar um enquanto eu embalava resolvia e tirava a tristeza dela por saudade da mãe. 

    Certo dia, eu estava com as crianças na casa dos meus sogros, notei a ausência da Bia e fui procurá-la, porque criança quando tá em silêncio pode ser um perigo! Mas não, ela não estava fazendo nenhuma arte, ela estava sentadinha em um cantinho e chorava quietinha sem emitir um ruído, apenas lágrimas corriam pelo seu rosto. 

    Quando vi aquela cena, meu coração não suportou e  arrebentou junto com o dela. Eu agachei e ajoelhei na frente dela, sequei aquela lágrima e apesar de eu saber o porquê eu perguntei: - O que foi Bia? Por que você está chorando? E ela, olhando para mim disse uma única palavra que foi: - Mamãe...

    Eu não sei explicar se foi "inspiração Divina" ou não, mas no meio daquele sofrimento todo eu consegui levar um diálogo com ela inciado pela pergunta: - Bia, você quer que eu seja sua mamãe a partir de agora?  Eu não sei exatamente o porque perguntei aquilo, mas talvez tenha sido Deus mesmo quem me deu aquela "luz" pois eu já não sabia o que fazer para que ela parasse de sofrer. 

    Quando isso aconteceu eu já estava com ela sobre nossa responsabilidade (minha e do pai) a mais 1 mês. Eu cuidava, dava banho, levava e buscava na escolinha, alimentava, confortava, fazia dormir, enfim eu já fazia por ela tudo que uma mãe faz, mas até aquele momento eu ainda era a "Dani" ou "Dãli" como comentei no inicio. Até ali eu nunca ousei me intitular como mãe, eu me considerava a "boadrasta" que cuidava dos filhos do meu marido. 

    Mas.. depois daquele momento no cantinho no chão do quarto algo mudou! Acredito que primeiro para ela, porque enquanto eu tava meio perdida, meio que sem saber ao certo o significado daquilo que eu tinha acabado de perguntar, ela por outro lado teve imediatamente um brilho no olhar que eu jamais vou me esquecer. Após eu perguntar se ela queria que eu fosse a mamãe dela, ela imediatamente secou o rostinho levantou-se me esticou a mão e foi para a sala assistir desenho comigo. 

    Eu tenho um post aqui no blog onde eu falo sobre quando nasce uma mãe, e que acredito que para cada uma exista um momento. O meu, eu acredito que tenha sido naquele dia. Até hoje eu penso e você também talvez possa pensar : " porque eu não fiz aquilo antes?" E eu não sei responder, mas me arrependo de não ter feito. 

    Aquela ação minha, que acredito ter sido movida por Deus foi um divisor de águas nas nossas vidas.  A Bia voltou a ser a criança brincalhona e risonha que era antes. Nos primeiros dias após aquele momento ela me perguntava o tempo todo: - Você é minha mamãe? E eu sempre respondia afirmativamente com: -Claro! claro que sou sua mamãe! Enquanto você quiser eu serei sua mamãe. 

    Eu dizia que era enquanto ela quisesse porque eu nunca quis impor isso a ela. Ela já tinha sentimentos demais para lidar, para ter que administrar mais isso, então deixava ela a vontade para me chamar como quisesse, e a partir daquele momento ela mesmo escolheu não me chamar mais de "Dani" e passou a me chamar de " mamãe". 

    Confesso que no começo ouvir mamãe era estranho. Não ruim, mas estranho pois foi assim, do dia para a noite que aconteceu comigo enquanto na maternidade convencional as mães tem um tempão de preparo para ouvir o tão sonhado "mamãe". 

    Nos primeiros dias também enquanto íamos pela manhã para a escolinha ou voltávamos a tarde para casa nós fazíamos esse trajeto a pé, e toda pessoa que passasse por nós ela apontava e dizia toda feliz: -Ela é minha mãe! Eu não sei dizer se ela sentia alguma insegurança e por isso buscava afirmação o tempo todo sobre aquilo, ou se era só coisa de criança. Mas eu achava fofinha e me envaidecia ao ver que ela demonstrava ter orgulho da nova mamãe já que falava para todo mundo: "Ela é minha mãe!"

    Bom, depois daquilo, já passamos 13 aniversários juntas e embora eu queria que fossem os 16, sou muito grata pelo que temos e pelo que vivemos sempre. Nós conversamos muito sobre tudo da vida, e inclusive sobre o passado, e eu faço questão de saber como ela se sente em relação a isso tudo que aconteceu. 

    Buscamos ver que apesar do sofrimento, pois algumas coisas ela diz que lembra, tudo isso proporcionou a vida que temos hoje onde eu sou mãe dela e ela é minha filha.  E mais que isso, além da relação de maternidade, nós temos uma relação de amizade e isso é muito mais legal do que ser a "tia" legal que eu tentava ser antes de me tornar mãe dela. 

    Muita gente conhece nossa história, e poucas pessoas os detalhes dela e hoje se eu exponho aqui o inicio do nosso relacionamento é na intenção de testemunhar do grande presente que recebi de Deus que é o fato de apesar de não ter gerado, e nem dado a luz a Bia ela é minha e eu sou dela. 

      Para incrementar esse testemunho eu ressalto a filha de ouro e valiosa que eu tenho. Uma filha incrível a qual um dia quando eu tive medo da fase da adolescência, de rebeldia e dessas coisas e Deus me tranquilizou dizendo para que eu não temesse, pois Ele estava cuidando dos meus filhos. 

    Hoje percebo e vivo esse cuidado, a Bia já é adolescente, daqui a pouco se tornará adulta. Observo que a cada dia se torna uma pessoa melhor e o nosso relacionamento mais fortalecido. Todos os dias eu posso agradecer por ela. Sou sortuda, abençoada, recebi algo que acredito que eu nem mereça, mas como eu acredito na Graça eu usufruo de tudo que ser mãe dessa filha fantástica me proporciona. 

    Por um tempo nossa relação de maternidade foi apenas sentimental, e isso já me causou alguns transtornos como não poder viajar com minha filha por exemplo ou ser barrada de fazer uma matricula na escola. Mas graças a Deus já faz algum tempo e nós resolvemos essa questão documental e eu posso  desfrutar também dos direitos e deveres legais da maternidade pois meu nome consta como mãe em seus documentos.

    Talvez muitas pessoas que não nos conheçam a muito tempo nem saibam de como começou história, talvez fiquem até chocados pois o que eu já ouvi de que ela puxou a mim e se parece comigo não é pouco. Quando alguém fala isso a gente se olha e ri, mas normalmente deixa.. hahaha. Desculpe se você que já disse isso se sentiu enganado pela minha omissão, mas como você pode perceber  por esse post, a história é muito longa e também eu não gostava muito de expor por eles. 

    Tanto não gosto de expô-los que se você estiver lendo esse post agora pode ter certeza de que minha filha sabe tudo que está sendo contado aqui e está de pleno acordo, caso ela leia e não se sinta bem com eu "abrir" o jogo em público eu jamais postaria pois minha intenção é homenageá-la em seu aniversário e não constrangê-la.  

    Homenageá-la dizendo o quanto ela é fantástica e que por isso eu me considero mãe de um quarteto fantástico. Contando para todo mundo como começou a nossa história de amor, e que Deus é poderoso para transformar qualquer sofrimento em alegria e foi isso o que Ele fez com a gente. 

    Eu não sei explicar o quanto a amo, porque amo tanto que faltam-me as palavras. Mas a amo a ponto de dar a minha vida, ou qualquer coisa pela vida dela. Amo a ponto de sofrer por qualquer pontinha de sofrimento dela. Vibro e me alegro com suas conquistas, choro por suas decepções e não importa o que virá, pois independente de dias bons ou dias difíceis eu sempre estarei com ela e por ela. 


Filha eu te amo ao infinito e além💓, e obrigada por contribuir para esse post ;-)


    
   

    

    

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